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É sobre pilotar a vida sim!

Me chamo Vanessa Urbanski Henriques, tenho 32 anos, sou paulista e vivo na cidade de São Paulo. Meu amor por motos e carros começou cedo e foi influenciado por minha mãe, que mesmo sem nuncar ter tido um veículo pra chamar de seu, carregava essa paixão. Ainda criança eu comecei uma coleção de miniaturas de carros e motos, coleção que tenho até hoje, e era a minha mãe quem mais me incentivava. Ainda me lembro de um natal em que ganhei um carrinho vermelho, brinquedo que eu usei até não caber mais dentro. Meu pai também teve sua parcela de culpa. Ele, que mesmo sem ligar pro assunto, me levava à banca de domingo para comprar uma revista “Quatro Rodas”.


O apoio deles sempre existiu, cada um do seu jeito!

Muitos anos se passaram entre meu carrinho de brinquedo e minha habilitação, que veio aos 20 anos e era só pra carro. Meu caso com motos ficou em segundo plano, depois terceiro, e foi se afundando, até que em 2014… Eu conheci o Gabriel e sua Harley 883 de beleza única!


Admito que a paixão pelo Gabriel veio primeiro, mas aquela moto chamou muito a minha atenção. Um sentimento de “quero andar de moto também” voltou a brotar. Ainda lembro minha sensação quando subi na garupa daquela moto pela primeira vez: adrenalina, vento na cara, medo! Como se diz por aí "esse dia foi loko"! Mesmo assim, rolava bastante medo no começo!


"E se o capacete ficar preso na minha cabeça?”; "Se esse treco não aguentar fazer a curva?

Eu fiz essas e mais outras tantas perguntas bestas na minha cabeça. Só que o medo foi passando, e o que eu vivi, foi único e incrível! Ali começou minha vida no mundo das motos. Primeiro como garupa, frequentadora de eventos - onde pude conhecer muita gente incrível, entre eles o Chrys e o Di, da Garage Metallica (cito eles em especial, porque eles têm parte importante na minha história!)



Foi por insistência do Gabriel que, anos mais tarde, pilotei a 883. Eu ainda não tinha habilitação, e me aterrorizava a ideia de causar um acidente e ir presa. Foi alucinadamente delicioso, exceto a parte quando parei para cruzar uma rua, derrapei em um pouco de areia e, desavisada do peso da moto, não consegui segurá-la e acabamos no chão. Ao contrário de trauma, a experiência foi o empurrão que me faltava pra acreditar que eu também podia pilotar uma moto. Estava na hora de agilizar minha habilitação!


Habilitação: um capítulo a parte


Já estávamos em 2018, quando dei início ao processo para minha habilitação de moto. Eu estava muito empolgada, mas, para o meu azar, meu instrutor não era uma pessoa muito legal e ele não me deixou confortável enquanto aprendia.


Dentre outras coisas: ele dizia que eu não tinha controle direito da moto e que não sabia o que eu estava fazendo lá; também tinha microagressões em forma de “piadinha" sobre o meu capacete e o fato de eu não ter habilitação; e, o que era pior, muitas vezes me deixava sozinha pilotando, sem orientação alguma, para ficar de conversa com outros instrutores.

Esse cara, acabou me deixando com uma insegurança absurda sobre minha capacidade de pilotar. Conclui as aulas com muito custo, porque não tinha vontade de ir. Me habilitei, mas não tinha mais tanta vontade de andar de moto.


E veio um Fusca Azul


Ainda em 2018, acabei realizando um outro sonho de infância e comprei um Fusca Azul 1973. O foco na moto se perdeu total (o foco e o dinheiro).


Só que mesmo com o Fusca, eu continuava na garupa, nos eventos de moto, e volta e meia acompanhando o Gabriel na Garage Metallica, onde eu via motos “animais” e aprendia com eles sobre o universo H-D. Esses caras, ao contrário do instrutor da auto-escola, iam resgatando a vontade de pilotar, e aquele “comichão" pra andar de moto e ter uma HD ia voltando.

"Quero fazer parte disso”!


E finalmente


Em 2019 resolvi que essa vida de garupa iria acabar, e a minha insegurança também. Em 21 de Dezembro daquele ano, no dia do meu aniversário, comprei uma Honda POP, carinhosamente nomeada de Cassandra!


Estava decidida: Eu iria pilotar a minha vida e sobre duas rodas.

Esse foi um momento muito significativo pra mim. Embora não faça parte dessa história em particular, a Cassandra veio pra iniciar uma nova fase pra mim. De resgate da minha auto-estima, da minha confiança e do meu orgulho.


Entre os anos de 2017/2018 entrei num processo depressivo e uma das minhas maiores dificuldades era pilotar a mim mesma. Daí, logo no início de 2019, perdi meu pai e aquilo foi como óleo na pista, tombo certo!


Ao me dar a Cassandra de presente, simbolicamente, dei a mim mesma a oportunidade de voltar ao controle de tudo novamente! Mas eu não cheguei aqui sozinha, ao meu lado sempre esteve o Gabriel; muitos conselhos técnicos dos meninos da Garage Metallica; e tantos depoimentos e histórias que venho lendo aqui no #ElasPilotam.


Tenho conseguido pilotar a minha Cassandra, sem tremer inteira ou suar de pingar. Pequenas conquistas, cada dia mais segura de pilotar. Acho que é tudo no seu tempo e momento e, no fim percebi que pilotar motos é minha paixão, só precisava de um incentivo! E o clichê é real: não há preço que pague o vento no rosto!



Agora é pilotar mais e mais (claro que quando essa pandemia passar), porque eu ainda tenho outro grande objetivo: ter uma HD, e assim não precisar mais ficar de olho na do Gabriel.

Beijocas,


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